Vinde a mim, todos os que estais cansados e o primidos, e eu vos aliviarei...


Infâmias Contra Jesus.

09/12/2009 22:07

Infâmias Contra Jesus Cristo

Pior do que as incongruências arqueológicas, que são até toleráveis, foram às infâmias proferidas contra a pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo. Questionar eventos históricos e arqueológicos é obrigação dos pesquisadores da área, mas duvidar da fé alheia é outro assunto que foge da alçada de quem não tem o mínimo de preparo teológico. O autor da matéria afrontou e desrespeitou a fé de milhares de pessoas e, para piorar, com argumentos da pior qualidade científica e arqueológica.


A Onde Jesus Nasceu, Belém ou Nazaré?

A Revista, contrariamente ao que diz a Bíblia (Lc. 2), tentando argumentar que o nascimento de Cristo em Belém não passou de uma manobra para encaixá-lo na profecia real messiânica, arvora: ... é praticamente certo que Jesus nasceu em Nazaré e não em Belém. A explicação que o texto de Lucas dá para a viagem de Jesus até Belém seria falsa. Os registros romanos mostram que Quirino (Aquele que teria feito o censo que obrigou a viagem a Belém) só assumiu no ano de 6 d. C. – 12 anos depois do ano de nascimento de Jesus...(Página 47).

O Dr. Hanegraaf nos informa: Na verdade, o censo de César Augusto é famoso – tão famoso, de fato, que os historiadores de crédito nem mesmo debatem a questão. O historiador Judeu Flávio Josefo, por exemplo, se refere a um censo Romano em 6 A.D. Considerando o alcance do censo, é lógico assumir que custou muito a ser completado. É razoável se inferir que começou com César Augusto por volta de 5 A.C., e que foi completado aproximadamente uma década depois. Lucas, um historiador meticuloso, nota que o censo foi primeiro completado quando Quirino era governador da Síria. De fato, como o historiador Paul Maier explicou – “Os Romanos demoraram 40 anos para completar o censo na Gália. Se considerarmos uma província na Palestina, a 1.500 milhas de Roma, se tomou uma década foi muito rápido. E visto que aquele censo finalmente veio até a administração de Quirino, Lucas pöde corretamente chamá-lo de seu censo”. (Extraído da Revista Defesa da Fé, n 41, página 37).


Jesus, Filho de um Relacionamento Espúrio?


Corroboramos com a afirmação da Revista Super Interessante de que Maria teve outros filhos após o nascimento de Jesus, mas afirmar que Ele é fruto de um relacionamento da jovem virgem com um soldado Romano, é faltar com a verdade dos fatos. Não podemos obrigar os sapientes jactanciosos da vida a acreditarem em milagres, agora inventar em detrimento do seu ceticismo, é faltar com a ética científica e historiográfica. Vejam o que diz a revista: Alguns textos apócrifos dos séculos II e III sugerem que Jesus é fruto de uma relação de Maria com um soldado romano. (Página 47).

O próprio Senhor Jesus insistiu que não foi gerado por José ou por qualquer homem, mas por Deus – Filho Unigênito de Deus (Jo. 1:18). Observe que Jesus não afirma ser simplesmente alguém que foi gerado por Deus. Antes, afirma ser a única pessoa nascida que foi gerada de tal maneira. Ele é o único Filho gerado de Deus. Ninguém mais chegou a nascer de uma virgem.

A Igreja Apostólica nunca teve dúvida sobre a questão de Jesus ter sido concebido por uma virgem. Os primeiros líderes da Igreja cristã, chamados de Pais da Igreja, corroboraram positivamente com os ensinos dos apóstolos. Em 110 A.D. Inácio escreveu: Pois nosso Deus Jesus Cristo... foi concebido no ventre de Maria... pelo Espírito Santo. Pois a virgindade de Maria e Aquele que dela nasceu... são os mistérios mais comentados em todo o mundo... Inácio recebeu a informação de seu mestre, o apóstolo João.

Um outro dos escritores pós-apostólicos, Aristides, em 125 A.D., fala dos nascimento virginal de Jesus: “Ele é o próprio Filho do Deus excelso que se manifestou pelo Espírito Santo, desceu dos céus e, nascido de uma virgem hebréia, se encarnou a partir da virgem...”

Em 150 A.D. Justino oferece muitas provas a favor da idéia do nascimento milagroso do Senhor: “Nosso mestre Jesus Cristo, que é o primogênito de Deus Pai, não nasceu como resultado de relações sexuais... O poder de Deus, descendo sobre a virgem, cobriu-a com sua sombra e fez com que, embora ainda virgem, concebesse...” (Apologia 1:21-33; Diálogo com Trifo, o Judeu).

O primeiro grande Cristão de fala latina foi o advogado convertido, Tertuliano. Ele nos informa que, em seus dias, (200 A.D.) existia não apenas um credo cristão estabelecido, sobre o qual todas as igrejas concordavam... Ele cita esse credo quatro vezes, o qual inclui as palavras ex virgine Maria,que significa – da Virgem Maria, dando a entender claramente que Cristo nascerá de uma mulher virgem. (Adaptado do Livro: Evidëncias Que Exigem um Veredicto, Vol.1)

As citações acima não são apenas de ordem teológica, mas, dentro de um contexto historiográfico, são documentos e evidëncias históricas mostrando que os cristãos sempre creram no nascimento virginal de Jesus Cristo. Agora, ter nesse fato um dogma de fé, é outra coisa, mas negar as provas documentais que giram em torno do nascimento virginal de Cristo, é desonestidade.

Quero que o leitor observe que a Revista Super Interessante alega que a idéia de Jesus ter sido gerado de um relacionamento espúrio é de uma fonte apócrifa. Seria uma fonte apócrifa confiável? O Dicionário Aurélio informa-nos o seguinte: [Do gr. apókryphos, pelo lat. tard. apocryphu.] Adj. - Diz-se de obra ou fato sem autenticidade, ou cuja autenticidade não se provou. Ou seja, a revista usou uma obra sem autenticidade para querer comprovar fatos históricos contra as evidëncias fidedignas já existentes. Ainda declarou serem “novas” as questões ali apresentadas, embora todas já foram muito bem refutadas.


A BÍBLIA OU A SUPERINTERESSANTE?


A arqueologia como ciência moderna, estuda as coisas antigas das civilizações passadas a fim de entender o progresso cultural da humanidade. Quando se trata de arqueologia bíblica, seu interesse se relaciona direta ou indiretamente com a Bíblia e a sua mensagem. Devido às descobertas recentes estão sendo fundados institutos e escolas especialmente preparadas para este tipo de pesquisa. Os grandes museus do mundo já conta em seus acervos vários artefatos que saíram das pás dos arqueólogos em testemunhos dos povos que estiveram aqui antes de nós. Muito mais do que isto veja a nação de Israel, que sobreviveu até hoje tendo passado por várias guerras e lutas, apesar de tudo esta pequena nação permaneceu, embora subjugada por nações sucessivas como o Egito, Assíria, Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma, enquanto as nações contemporâneas já haviam desaparecido. Os conquistadores com seus magníficos palácios e monumentos ficaram sepultados no túmulo de esquecimento, enquanto as obras dos humildes profetas de Israel foram conservadas e falam poderosamente até os dias de hoje. Se o povo do Livro como são conhecidos os judeus não tivessem preservado os escritos proféticos será que estaríamos hoje questionando estes fatos? Colocaríamos a Bíblia no banco dos réus? Tudo isso acontece porque ela é infalível na sua composição original e completamente digna de confiança em quaisquer áreas que venha se expressar, sendo também autoridade final e suprema de fé e conduta. Terminamos este artigo com as palavras de um filósofo: “em caso de dúvida, deve-se favorecer o próprio documento, e não a posição questionadora do crítico” (Aristóteles).

Boxe/boxe/boxe ( no mito Gigamés e atharasis)

Sem dúvida, a arqueologia fascina. Sepultura antigas, inscrições crípticas gravadas em pedras ou escritas em papiros, casos de cerâmica, moedas desgastadas – são pistas tentadoras para qualquer investigador inveterado.[12]

Randall Price – mestre em Teologia do Antigo Testamento e em línguas Semíticas, pelo Dallas Theological Seminary e Doutor em Estudos do Oriente Médio, pela Universidade do Texas, tem feito estudos de pós-graduação em Arqueologia na Universidade Hebraica de Jerusalém e ensinado Arqueologia Bíblica na Universidade do Texas.

 

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